Relacionamento abusivo: sinais de alerta e como sair com segurança
Como identificar sinais de um relacionamento abusivo e os passos necessários para sair com segurança, além de recursos de apoio disponíveis.
Gabriel Hass
Psicólogo Clínico - CRP 01/26372
"Ele nunca me bateu, então não é abuso... certo?" Esta pergunta, feita por inúmeras pessoas que vivem em relacionamentos destrutivos, revela um dos maiores obstáculos para reconhecer e sair de situações abusivas: a crença de que abuso é apenas violência física explícita.
A realidade é que relacionamento abusivo pode envolver violência física, mas frequentemente começa (e às vezes permanece) em níveis psicológicos, emocionais, financeiros ou sexuais que são igualmente devastadores. Abuso é sobre padrão sistemático de controle, dominação e poder exercido por um parceiro sobre o outro, causando dano significativo ao bem-estar, autonomia e dignidade da pessoa.
Reconhecer que você está em relacionamento abusivo pode ser extremamente difícil — especialmente quando há amor genuíno misturado com o abuso, quando o abusador tem momentos de carinho, ou quando você internalizou a narrativa de que o problema é você.
O que é um relacionamento abusivo?
Relacionamento abusivo é aquele onde há padrão sistemático de comportamentos que visam controlar, intimidar, isolar ou causar dano (físico, emocional ou psicológico) ao parceiro. Diferentemente de conflitos ocasionais ou comportamentos ocasionalmente prejudiciais, o abuso é consistente e intencional (mesmo que nem sempre consciente).
Características centrais do abuso incluem:
- Desequilíbrio de poder: Um parceiro exerce controle desproporcional sobre o outro
- Padrão consistente: Comportamentos abusivos acontecem repetidamente, não são incidentes isolados
- Escalação: O abuso geralmente piora com o tempo
- Múltiplas formas: Frequentemente envolve combinação de tipos de abuso (emocional, físico, financeiro)
- Impacto devastador: Causa dano significativo à saúde mental, autoestima e bem-estar da vítima
Tipos de abuso em relacionamentos
Abuso físico
Qualquer ato de violência física: bater, empurrar, chutar, estrangular, puxar cabelo, jogar objetos, forçar fisicamente a fazer algo, usar armas ou objetos para intimidar.
O abuso físico frequentemente começa de forma "menor" — um empurrão durante discussão — e escala gradualmente. É o tipo mais reconhecido publicamente, mas não é o único nem necessariamente o mais destrutivo psicologicamente.
Abuso emocional e psicológico
Frequentemente mais difícil de reconhecer que abuso físico, mas igualmente devastador:
- Humilhação e desprezo: Insultos, ridicularização, críticas constantes, sarcasmo cruel
- Gaslighting: Manipulação que faz você questionar sua própria percepção da realidade
- Invalidação sistemática: Negar ou minimizar seus sentimentos e experiências
- Ameaças: Ameaçar machucar você, os filhos, animais de estimação, ou a si mesmo
- Culpabilização: Fazer você se sentir responsável por tudo que dá errado, incluindo o comportamento abusivo dele
- Isolamento: Afastar você de amigos, família e fontes de suporte
- Controle: Controlar onde você vai, com quem fala, o que veste, como gasta seu tempo
Abuso sexual
Qualquer ato sexual não consensual ou coerção sexual:
- Forçar atividade sexual quando você não quer
- Pressionar persistentemente até você "ceder"
- Coerção através de manipulação, chantagem ou ameaças
- Atos sexuais que você deixou claro serem inaceitáveis
- Estupro conjugal (que é crime, mesmo em casamento)
- Expor você a DSTs propositalmente
- Controle reprodutivo (forçar gravidez ou aborto, sabotar contraceptivos)
Abuso financeiro
Controle dos recursos financeiros como forma de poder:
- Impedir que você trabalhe ou estude
- Controlar todo o dinheiro, dando apenas "mesada" ou exigindo prestação de contas de cada centavo
- Sabotar oportunidades profissionais
- Usar crédito em seu nome sem permissão
- Ocultar informações sobre finanças do casal
- Criar dependência financeira deliberadamente
Abuso digital
Forma moderna de controle através de tecnologia:
- Vigilância constante através de GPS, câmeras, ou aplicativos de rastreamento
- Exigir senhas de todas as contas
- Controlar ou monitorar redes sociais
- Usar tecnologia para assediar, ameaçar ou humilhar
- Compartilhar fotos íntimas sem consentimento
O ciclo da violência
Relacionamentos abusivos frequentemente seguem padrão cíclico identificado pela psicóloga Lenore Walker:
Fase 1: Tensão crescente
Pequenas irritações se acumulam. A vítima sente que está "pisando em ovos", tentando não provocar o abusador. Há ansiedade crescente, sensação de que algo ruim vai acontecer.
Fase 2: Explosão/incidente agudo
Ocorre o ato de violência — pode ser física, verbal, sexual ou combinação. Esta fase pode durar de minutos a horas ou dias.
Fase 3: Reconciliação (lua de mel)
O abusador se desculpa, minimiza a gravidade ("Não foi tão ruim"), culpa fatores externos ("Estava bêbado", "Estou estressado"), ou culpa a vítima ("Você me provocou"). Pode haver presentes, promessas de mudança, comportamento carinhoso.
Esta fase é psicologicamente poderosa — cria esperança de que o abusador vai mudar, reforça o vínculo emocional, e faz a vítima questionar se talvez o abuso não seja "tão ruim assim".
Fase 4: Calmaria
Período de relativa paz. O incidente abusivo é minimizado ou esquecido. A vítima pode acreditar que desta vez realmente foi a última vez.
Então o ciclo recomeça. Com o tempo, as fases de tensão e explosão tendem a aumentar em frequência e intensidade, enquanto as fases de reconciliação e calmaria diminuem.
Sinais de que você está em relacionamento abusivo
Sinais no comportamento do parceiro
- Explode em raiva desproporcional por razões triviais
- Culpa você consistentemente por problemas e por seus próprios comportamentos
- É excessivamente ciumento e possessivo
- Isola você de amigos e família
- Controla onde você vai, com quem fala, o que faz
- Humilha ou ridiculariza você, especialmente em público
- Ameaça violência contra você, filhos, animais, ou a si mesmo
- Destrói seus pertences ou objetos de valor sentimental
- Tem mudanças drásticas de humor
- Usa intimidação física (bloquear portas, ameaçar com linguagem corporal)
- Minimiza ou nega comportamentos abusivos
- Viola sua privacidade constantemente
Sinais no seu próprio comportamento e sentimentos
- Você tem medo constante do humor ou reações do parceiro
- Você modifica seu comportamento para evitar provocá-lo
- Você se sente sempre errada, sempre se desculpando
- Você perdeu contato com amigos e família
- Você se sente confusa sobre o que é real (gaslighting)
- Você justifica ou minimiza o comportamento abusivo dele
- Você se culpa pelo abuso
- Você sente que está "enlouquecendo"
- Você perdeu sua autoestima e confiança
- Você fantasiza sobre escapar mas se sente presa
Por que é tão difícil sair?
Pessoas de fora frequentemente não compreendem por que alguém permanece em relacionamento abusivo. A realidade é extremamente complexa:
Medo
Medo real e justificado de que o abusador escale a violência. Estatisticamente, o período mais perigoso em relacionamento abusivo é quando a vítima tenta sair — é quando a maioria dos homicídios acontece.
Vínculo traumático (trauma bonding)
Os ciclos de abuso seguidos de reconciliação criam ligação neurobiológica intensa. Durante momentos de carinho, o cérebro libera dopamina e oxitocina, criando dependência similar a dependência química.
Isolamento
Quando o abusador sistematicamente afastou amigos e família, a vítima genuinamente não tem para onde ir ou com quem contar.
Dependência financeira
Muitos abusadores criam dependência econômica deliberadamente. A vítima literalmente não tem recursos para sair — não tem dinheiro, não tem onde morar, não tem como se sustentar.
Preocupação com os filhos
Medo de perder custódia, medo de que o abusador machuque os filhos se ela sair, preocupação sobre impacto da separação nas crianças, falta de recursos para sustentar filhos sozinha.
Vergonha e culpa
"Como eu deixei chegar a esse ponto?", "O que as pessoas vão pensar?", "Eu deveria ter percebido antes". A vergonha mantém muitas vítimas silenciadas.
Esperança de mudança
"Ele prometeu que vai mudar", "Quando ele não está estressado, ele é maravilhoso", "Se eu apenas for mais paciente/compreensiva/perfeita, ele vai melhorar".
Amor
Frequentemente, há amor genuíno. A vítima ama o parceiro (ou a versão idealizada dele que aparece nos momentos bons) e sofre profundamente com a ideia de partir.
Crenças religiosas ou culturais
Algumas comunidades religiosas ou culturais pressionam fortemente contra divórcio ou separação, independentemente das circunstâncias.
Normalização
Especialmente se a pessoa cresceu testemunhando abuso, pode ter normalizado esses comportamentos como "é assim que relacionamentos são".
Passos para sair de relacionamento abusivo com segurança
IMPORTANTE: Sua segurança é prioridade absoluta. Se há risco de violência física, planeje sua saída com extremo cuidado, preferencialmente com ajuda profissional.
1. Reconheça e nomeie o abuso
O primeiro passo é quebrar a negação. Reconheça para si mesma que o que você está vivenciando é abuso e não é culpa sua.
2. Confie em alguém
Quebre o silêncio. Conte para amigo próximo, familiar, ou profissional (psicoterapeuta, médico) sobre o que está acontecendo. Isolamento é ferramenta do abusador — rompa isso.
3. Documente o abuso
Se possível e seguro, mantenha registro:
- Fotos de lesões físicas
- Capturas de tela de mensagens ameaçadoras
- Diário detalhando incidentes (datas, o que aconteceu, testemunhas)
- Relatórios médicos
- Boletins de ocorrência
Esta documentação pode ser crucial para processos legais ou medidas protetivas.
4. Desenvolva plano de segurança
Se você ainda está no relacionamento:
- Identifique lugares seguros na casa onde você pode ir durante incidentes
- Identifique rotas de saída
- Tenha celular sempre carregado e acessível
- Deixe documentos importantes, dinheiro e roupas extras em lugar seguro (casa de amigo/familiar)
- Combine código com amigo/familiar para pedir ajuda discretamente
- Memorize números de emergência
Para quando você sair:
- Tenha lugar seguro para ir (casa de amigo/familiar, abrigo)
- Separe documentos importantes (RG, CPF, certidões, comprovantes)
- Se possível, tenha dinheiro guardado
- Mude senhas de todas as contas
- Considere mudar número de telefone
- Planeje como e quando você comunicará sua decisão (se for seguro comunicar)
5. Busque recursos legais
- Delegacia da Mulher: Registre boletim de ocorrência
- Medida protetiva: Através da delegacia, você pode solicitar medida que obriga o abusador a manter distância
- Defensoria Pública: Se não tem recursos para advogado particular
- Centro de Referência da Mulher: Muitas cidades têm centros que oferecem suporte jurídico e psicológico
6. Conte com serviços especializados
Central de Atendimento à Mulher: 180
- Funciona 24 horas
- Orientação sobre direitos e serviços disponíveis
- Acolhimento e encaminhamento
Casas abrigo:
- Local seguro e sigiloso para mulheres em risco
- Entre em contato com Assistência Social do município
Polícia Militar: 190
- Em situação de emergência imediata
7. Estabeleça contato zero
Após sair, mantenha contato zero sempre que possível. Abusadores frequentemente tentam manipular vítimas para voltarem através de:
- Promessas de mudança
- Ameaças
- Declarações dramáticas de amor
- Tentativas de despertar culpa
- Uso de filhos ou família como intermediários
Se há filhos e contato é necessário, mantenha comunicação estritamente sobre as crianças, por escrito quando possível, sem responder a provocações.
8. Busque psicoterapia individual
Psicoterapia é fundamental para processar o trauma, reconstruir autoestima, e desenvolver padrões mais saudáveis para futuros relacionamentos.
9. Reconecte-se com suporte social
Restabeleça contato com amigos e família que foram afastados. Reconstrua sua rede de suporte.
10. Seja paciente consigo mesma
Recuperação de relacionamento abusivo leva tempo. Haverá momentos de dúvida, saudade, tentação de voltar. Isso é normal. Continue se movendo em direção à sua segurança e bem-estar.
Sinais de que você está se recuperando
A recuperação é processo gradual. Sinais de progresso incluem:
- Você volta a confiar nas próprias percepções
- Sua autoestima está gradualmente se reconstruindo
- Você consegue estabelecer e manter limites saudáveis
- Os sintomas de trauma (flashbacks, hipervigilância, ansiedade) estão diminuindo
- Você sente raiva saudável pelo que aconteceu (ao invés de direcionar contra si mesma)
- Você consegue imaginar futuro sem o abusador
- Você reconecta com atividades e pessoas que trazem alegria
- Você desenvolve clareza sobre sinais de alerta em relacionamentos
Como a Gestalt-terapia trabalha com vítimas de abuso
A Gestalt-terapia trabalha intensamente com o conceito de awareness — restaurar a capacidade de confiar nas próprias percepções, que foi sistematicamente minada pelo abuso (especialmente gaslighting).
O trabalho foca em reconectar com fronteiras pessoais — saber onde você termina e o outro começa, o que é aceitável e o que não é, desenvolver capacidade de dizer não. Vítimas de abuso frequentemente perderam completamente suas fronteiras.
A Gestalt trabalha com negócios inacabados — processar trauma do abuso, expressar raiva e dor que foram suprimidas, completar ciclos que ficaram abertos. Isso pode envolver trabalho onde você expressa ao abusador (simbolicamente, não necessariamente presencialmente) o que precisa expressar.
Através do foco no aqui-agora, a terapia ajuda a pessoa a confrontar a realidade presente — você está segura agora, você tem escolhas agora, você pode reconstruir agora — ao invés de ficar presa revivendo o trauma ou temendo o futuro.
A Gestalt também trabalha na reconstrução do self — redescobrir quem você é além do trauma, reconectar com força e recursos internos, desenvolver nova narrativa de identidade que não é definida pelo abuso.
Prevenindo futuros relacionamentos abusivos
Depois de sair de relacionamento abusivo, é importante trabalhar para não repetir o padrão:
Conheça sinais de alerta precoces
Agora você tem experiência para reconhecer sinais de alerta que talvez tenha ignorado antes:
- Ciúme excessivo disfarçado de "cuidado"
- Tentativas de isolá-la de amigos/família
- Movimentação rápida demais no relacionamento
- Desrespeito de limites
- Tendências controladoras
- Mudanças drásticas de humor
Confie nesses sinais quando aparecerem em novos relacionamentos.
Desenvolva autoestima sólida
Autoestima robusta é proteção contra manipulação. Quando você se valoriza, torna-se menos vulnerável a alguém que tenta diminuí-la.
Mantenha independência
Preserve vida própria — amizades, interesses, recursos financeiros. Não permita que novo parceiro se torne seu mundo inteiro.
Vá devagar
Não tenha pressa de se comprometer intensamente. Relacionamentos saudáveis se desenvolvem gradualmente, permitindo que você conheça a pessoa verdadeiramente.
Mantenha suporte psicoterapêutico
Continue psicoterapia mesmo depois de sair do relacionamento abusivo. Processar completamente o trauma leva tempo e reduz chances de repetir o padrão.
Confie nos seus instintos
Se algo não parece certo — mesmo que você não consiga articular exatamente o quê — confie nessa intuição. Seu corpo frequentemente percebe perigo antes que sua mente o reconheça.
Quando alguém que você ama está em relacionamento abusivo
Se você suspeita que amigo ou familiar está em relacionamento abusivo:
Ofereça suporte sem julgamento
Não critique ou julgue a pessoa por estar no relacionamento. Isso frequentemente leva ao distanciamento. Em vez disso, mantenha a linha de comunicação aberta.
Acredite nela
Se ela compartilhar sobre o abuso, acredite sem questionar ou minimizar.
Não force saída
Você não pode forçar alguém a sair. Você pode oferecer recursos, suporte, e informação, mas a decisão e o timing são dela.
Esteja disponível
Faça saber que você estará lá quando ela precisar, sem julgamento sobre quanto tempo leva para sair.
Ajude a desenvolver plano de segurança
Se ela está considerando sair, ajude a planejar com cuidado.
Cuide de si mesmo
Suportar alguém em relacionamento abusivo é emocionalmente desgastante. Busque seu próprio suporte também.
Psicoterapia individual na Figura & Fundo
Na Figura & Fundo, oferecemos espaço seguro e acolhedor para pessoas que estão em relacionamentos abusivos ou que estão se recuperando dessas experiências. Compreendemos a complexidade e o trauma envolvidos, e você não precisa passar por isso sozinha.
Trabalhamos com a abordagem da Gestalt-terapia, que foca na restauração de awareness, reconstrução de fronteiras pessoais, processamento do trauma e desenvolvimento de recursos internos para relacionamentos futuros saudáveis.
A psicoterapia online oferece privacidade e segurança, especialmente importante quando há vigilância ou controle no relacionamento. Trabalhamos com valores fixos e transparentes, sem contratos ou amarras financeiras, porque sua autonomia é inegociável.
Considerações finais
Ninguém merece ser abusado. O abuso nunca é culpa da vítima, independentemente do que o abusador ou outras pessoas possam dizer. Você merece ser tratada com respeito, ter sua autonomia honrada, e estar em relacionamento onde pode ser plenamente você mesma sem medo.
Sair de relacionamento abusivo é extremamente difícil e requer coragem imensa. Mas é possível, e há recursos e pessoas dispostas a ajudar. Recuperação também é possível — muitas pessoas não apenas sobrevivem, mas emergem mais fortes, com clareza sobre seus valores e capacidade de construir relacionamentos saudáveis.
Se você está em relacionamento abusivo, busque ajuda. Ligue para 180, procure Delegacia da Mulher, conte para alguém de confiança, busque psicoterapia. Você não está sozinha, e você merece segurança e dignidade.
Pronto para dar o primeiro passo em direção à sua segurança? Entre em contato e vamos conversar sobre como podemos ajudar você nessa jornada.
Recursos importantes:
- Central de Atendimento à Mulher: 180
- Polícia Militar (emergência): 190
- Delegacia da Mulher
- Defensoria Pública
- CRAS/CREAS (Assistência Social)
Este artigo tem caráter informativo e educacional. As informações apresentadas não substituem avaliação profissional individualizada. Se você está em situação de violência doméstica, procure imediatamente ajuda através dos recursos mencionados acima.

Gabriel Hass
Psicólogo Clínico - CRP 01/26372
Especializado em Gestalt-terapia, oferece atendimento humanizado e personalizado para adultos e idosos.
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